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Participantes chegam a 2 milhões e consorciados atingem 9,67 milhões no primeiro semestre.
O consórcio registra crescimento no primeiro trimestre devido às taxas de juros elevadas.
O consórcio apresenta perspectivas favoráveis de crescimento nos próximos anos, de acordo com especialistas.
Redução de consumo favorece a realização de objetivos pessoais
Optar por reduzir temporariamente o consumo e direcionar a economia obtida para investimentos é um dos fundamentos do sistema de consórcios.
Podemos ilustrar isso com o clássico "Robinson Crusoé", de Daniel Defoe, onde um náufrago, sozinho em uma ilha, dedicava parte do seu dia à pesca artesanal, capturando três peixes para sobreviver. Essa rotina se repetia diariamente, com a pesca e o consumo dos três peixes.
Luiz Antonio Barbagallo, economista da ABAC (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios), observa que, ao decidir pescar apenas dois peixes, o náufrago reduziu seu consumo diário e, consequentemente, o tempo dedicado à pesca.
Com o tempo extra, ele optou por investir na construção de uma rede de pesca. Esse novo equipamento aumentou sua produtividade, permitindo que ele pescasse mais peixes com menos esforço e em menos tempo.
“Com as horas livres, ele pôde desenvolver outros utensílios, entrando em um ciclo virtuoso que melhorou suas condições de vida na ilha”, completa Barbagallo.
Esse exemplo se aplica ao consumidor que decide entrar em um consórcio para adquirir um imóvel, por exemplo. “Ao controlar suas necessidades diárias de forma moderada por um período”, aponta Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC, “os recursos economizados podem ser direcionados para um autofinanciamento, cujos frutos serão colhidos a médio e longo prazo”.
Após ser contemplado, o retorno desse investimento pode vir através de alugueis, caso o imóvel seja locado, ou através da economia que se faz ao deixar de pagar aluguel e se tornar proprietário do bem.
Além disso, há uma melhora na qualidade de vida e segurança, tanto pessoal quanto familiar, permitindo que o consorciado foque em outros aspectos importantes, gerando mais progresso.
“Isso mostra que, além do retorno financeiro do investimento, há outros benefícios que não são imediatamente monetizados, mas que se manifestam ao longo do tempo”, acrescenta o economista.
Da ficção para a realidade
William Herman, de 47 anos, representante comercial no setor de automação de meios de pagamento e cobranças, casado e com filhos, acredita que disciplina e organização financeira são fundamentais para gerir as finanças pessoais.
Ao participar de um grupo de consórcio de imóveis, com o objetivo de realizar o sonho da casa própria, ele levou em conta a idoneidade da administradora e a credibilidade do sistema. Seguindo as orientações de uma consultora financeira, ele priorizou no orçamento as despesas essenciais, cortou as supérfluas e direcionou os valores disponíveis para investimentos.
Com essa reorganização financeira, Herman elaborou um plano para adquirir oito cotas de consórcio de imóveis, somando o valor necessário para a construção da casa. Adequando os compromissos mensais, ele espera concretizar seu objetivo em 2025.
Assim como na história de Robinson Crusoé, após os ajustes financeiros e sendo contemplado em uma das cotas por sorteio, Herman deu início à construção de sua casa em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, onde mora.
Com o apoio da consultora da administradora, ele planeja fazer lances nas cotas ainda não contempladas, na tentativa de antecipar a liberação dos créditos. O objetivo é concluir a construção até março do próximo ano.
Valorizando as vantagens do consórcio, Herman recomenda que "todos, independentemente da profissão, podem alcançar seus objetivos, desde que deem o primeiro passo e cumpram com seus compromissos".
Satisfeito com seu investimento através do consórcio, Herman recentemente entrou em outro grupo para a compra de um veículo leve, pensando na futura troca de seu carro.
Outras oportunidades
Outro exemplo de investimento via consórcio é o de serviços, como cursos de graduação ou aperfeiçoamento, tanto no Brasil quanto no exterior.
Nesses casos, Barbagallo explica que "ao abdicar temporariamente do consumo para focar no desenvolvimento profissional, o consorciado estaria investindo em um futuro mais promissor, com maiores ganhos e, consequentemente, uma mudança no padrão de vida".
Consumir ou investir para crescer são questões relevantes na economia. Segundo Barbagallo, em uma análise macroeconômica, existem duas vertentes: "O consumo é importante, mas o crescimento através de investimentos é sustentável e duradouro".
A educação financeira é essencial para fazer escolhas mais assertivas que melhorem as condições de vida. “Assim como o pescador que mudou sua abordagem e conseguiu maior produtividade e qualidade de vida, vale a pena reduzir temporariamente o consumo e buscar novas maneiras de fazer as coisas”, sintetiza o economista. “Para mudar sua história, basta dar o primeiro passo”, conclui Barbagallo.
Fonte: portalimpactto.com.br