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Banco Central eleva Selic para 14,25% e sinaliza nova alta em maio
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou, nesta quarta-feira, um novo aumento na taxa básica de juros, elevando a Selic de 13,25% para 14,25% ao ano. O ajuste de um ponto percentual já era amplamente esperado pelo mercado e representa o quinto aumento consecutivo dentro do atual ciclo de aperto monetário iniciado em setembro de 2024. Com essa decisão, a Selic atinge seu patamar mais alto desde outubro de 2016.
O Banco Central justificou a decisão afirmando que o cenário econômico segue desafiador, com inflação persistente e projeções de preços ainda elevadas. No comunicado oficial, o Copom indicou que uma nova alta poderá ocorrer na próxima reunião, embora em ritmo reduzido. "Diante da continuidade do cenário adverso para a convergência da inflação, da elevada incerteza e das defasagens inerentes ao ciclo de aperto monetário em curso, o Comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, um ajuste de menor magnitude na próxima reunião", destacou o BC.
A decisão ocorre sob a gestão de Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central desde janeiro deste ano, após indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O governo tem expressado preocupação com os juros elevados e seus impactos na economia, mas o Copom reforça que a política monetária visa conter a inflação.
Aumento amplamente esperado pelo mercado
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a alta da Selic já era previsível, mas preferiu aguardar a divulgação da ata da reunião do Copom antes de comentar a decisão em detalhes. O mercado financeiro também já antecipava a elevação. De acordo com levantamento do Valor Data, todas as 125 instituições financeiras e consultorias consultadas projetavam um aumento de um ponto percentual.
O Copom justificou sua decisão citando fatores como a resiliência da atividade econômica, pressões inflacionárias e um afastamento adicional das expectativas de inflação da meta. O índice oficial de inflação, o IPCA, passou de 4,56% em janeiro para 5,06% em fevereiro, distanciando-se ainda mais do centro da meta de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Cenário econômico e projeções
Apesar da decisão de manter uma postura contracionista, o Banco Central apontou uma leve melhora no quadro econômico. A previsão de inflação para 2025 foi ajustada de 5,2% para 5,1%, enquanto a expectativa para o terceiro trimestre de 2026 caiu de 4,0% para 3,9%. A queda do dólar, que passou de R$ 6,00 em janeiro para R$ 5,80 nesta reunião, também ajudou a reduzir algumas pressões inflacionárias.
O Banco Central também destacou que a atividade econômica começa a mostrar sinais de desaquecimento, citando o crescimento de apenas 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB) no quarto trimestre de 2024. No entanto, alertou que o ambiente externo segue desafiador, com incertezas sobre a política econômica dos Estados Unidos, especialmente em relação às estratégias do Federal Reserve (Fed) e ao impacto da política comercial de Donald Trump.
"O Comitê avalia que o cenário externo segue exigindo cautela por parte de países emergentes", afirmou o BC, ressaltando que os bancos centrais das principais economias continuam empenhados na convergência da inflação para suas metas.
Com a Selic em 14,25%, o Brasil passa a ter o quarto maior juro real do mundo. O impacto desse novo patamar será sentido em toda a economia, especialmente no crédito, que deve ficar ainda mais caro para empresas e consumidores, dificultando o crescimento econômico no curto prazo. Por outro lado, o governo espera que a estratégia de aperto monetário leve a uma desaceleração da inflação, permitindo uma flexibilização da política monetária no futuro.