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Copom Surpreende e Eleva Juros Básicos para 12,25% ao Ano
Em uma decisão inesperada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou, nesta quarta-feira (11), o aumento da taxa Selic para 12,25% ao ano, marcando uma elevação de 1 ponto percentual. O ajuste, superior ao previsto pelos analistas financeiros, que projetavam um aumento de 0,75 ponto, reflete a preocupação da autoridade monetária com os recentes ruídos econômicos internos e externos.
Segundo o comunicado oficial, a decisão unânime do Copom foi influenciada pela alta do dólar, pelas incertezas econômicas globais e pelos impactos do pacote fiscal do governo. A percepção de risco pelos agentes econômicos, decorrente do anúncio fiscal, gerou impactos significativos nos preços dos ativos, na taxa de câmbio e nas expectativas de inflação, forçando o Banco Central a adotar uma postura mais dura.
Um Ciclo de Ajustes Mais Rígido
A alta marca a terceira elevação consecutiva da taxa básica de juros e consolida um ciclo de contração na política monetária. Após um período de cortes que levou a Selic a 10,5% ao ano entre junho e julho deste ano, o Copom iniciou o ciclo de altas em setembro, quando a taxa subiu 0,25 ponto percentual. Desde então, o ritmo dos ajustes tem se intensificado.
O comitê também sinalizou novos aumentos de 1 ponto percentual nas próximas reuniões, previstas para janeiro e março de 2024, caso o cenário atual de incertezas se mantenha. Esses encontros serão conduzidos sob a gestão do futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.
Inflação e Perspectivas Econômicas
Apesar de uma leve desaceleração da inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que registrou alta de 0,39% em novembro, os preços acumulados nos últimos 12 meses atingiram 4,87%, superando o teto da meta inflacionária de 4,5% para 2024.
Os fatores que contribuíram para a desaceleração incluem a bandeira verde na energia elétrica e a queda nos preços dos combustíveis. Contudo, a pressão inflacionária persiste em itens como alimentos e passagens aéreas, o que reforça o desafio da política monetária.
O Banco Central prevê que o IPCA chegue a 4,9% em 2024, ainda acima do teto da meta, e projeta uma inflação de 4,5% em 2025. As expectativas mais pessimistas do mercado, consolidadas no boletim Focus, apontam para um IPCA de 4,84% em 2024, acompanhando o aumento do dólar e os efeitos da seca prolongada sobre os preços.
Impactos no Crédito e no Crescimento
O aumento da Selic encarece o crédito, tornando empréstimos e financiamentos mais caros para consumidores e empresas. Por outro lado, estimula a poupança e reduz o consumo, uma medida necessária para conter a demanda e aliviar a pressão sobre os preços.
Embora a inflação permaneça uma preocupação central, o mercado projeta um crescimento econômico positivo. Segundo o boletim Focus, o Produto Interno Bruto (PIB) deve expandir 3,39% em 2024, revisado após o crescimento de 0,9% no segundo trimestre deste ano.
Com essa decisão, o Banco Central reafirma sua prioridade no controle da inflação, mesmo que isso implique em desaceleração econômica de curto prazo. As próximas reuniões do Copom serão cruciais para calibrar as expectativas do mercado e assegurar que o equilíbrio entre inflação e crescimento seja alcançado.