Em 2023, o Setor de Consórcios alcançou um montante superior a R$ 316,7 bilhões, representando um crescimento de 25,6% em relação a 2022, conforme revelado pela Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC). De acordo com a entidade, essa quantia movimentada estabelece um recorde na indústria.

O número de participantes ativos consolidados no sistema de consórcios atingiu 10,29 milhões, registrando um aumento de 9,4%, um resultado inédito no país.

Esse crescimento contínuo é resultado do panorama econômico, pois, diante do aumento das taxas de juros, os consórcios se tornam uma opção para aqueles que buscam adquirir bens ou outros produtos de maior valor agregado.

Os custos associados a financiamentos e empréstimos tornam-se impeditivos para quem realiza uma análise criteriosa do custo da dívida. O consórcio, ao não contar com juros, mas sim com uma taxa de administração, permanece imune a esse fenômeno, tornando-se cada vez mais atrativo.

Outro elemento atraente é que os consórcios abrangem uma variedade de produtos e objetivos, desde imóveis até aquisição de serviços. Dos seis indicadores analisados pela ABAC, quatro apresentam aumento: imóveis (20,8%), veículos leves (13,1%), motocicletas (4,0%) e veículos pesados (2,5%).

As contemplações, indicando consorciados que utilizaram o crédito, também aumentaram, atingindo 1,62 milhões, um acréscimo de 6,6% em comparação a 2022. Além disso, o valor médio mensal subiu de R$59,56 mil para R$74,24 mil, representando um aumento de 24,6%.

Em busca de evitar o crescente endividamento, os brasileiros procuram alternativas que permitam a realização de seus sonhos sem impactar as finanças familiares e a renda total. O mercado tradicional é bastante complexo, enquanto o sistema de consórcios oferece maior poder de compra para a aquisição de investimentos.

Para o corrente ano, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e o mercado financeiro preveem novas reduções na taxa básica de juros, a Selic, com estimativas de encerramento anual abaixo de 9,25%. Contudo, na análise de Lamounier, esse número ainda é elevado, indicando que o setor de consórcios deve continuar ganhando espaço.

A diminuição não exerce uma grande interferência no mercado de consórcios, pois as taxas de juros permanecem elevadas, o que tende a atrair mais brasileiros. Espera-se que a tendência de crescimento observada ao longo dos anos persista, mantendo-se em desenvolvimento e expansão.

Fonte: istoedinheiro.com.br